Há pouco vivi, por minutos, uma experiência inesperada.
Estava a almoçar com colegas quando recebi uma chamada insólita. Ligaram-me da redacção de um jornal, até aí tudo bem. Acontece que a notícia que me davam era de o jornal ter a polícia à porta, e de terem aconselhado os seus funcionários a não sair. Podiam não ser autorizados a reentrar.
Desligada a chamada, logo fiz outra para uma pessoa que estava a manifestar-se pela liberdade, em frente ao Parlamento. Perguntei se já sabiam o que se passava no jornal. Sabiam. Inesperadamente a manisfestação ganhava mais razão de ser.
Estes factos podiam ter acontecido noutro tempo ou noutro lugar. Mas, não. Aconteceram na República Bolivariana de Portugal, aos onze dias do mês de Fevereiro do ano de dois mil e dez.