11
Fev 10
Por

João Pinho de Almeida

, às 15:20 | comentar | ver comentários (3)

Há pouco vivi, por minutos, uma experiência inesperada.

 

Estava a almoçar com colegas quando recebi uma chamada insólita. Ligaram-me da redacção de um jornal, até aí tudo bem. Acontece que a notícia que me davam era de o jornal ter a polícia à porta, e de terem aconselhado os seus funcionários a não sair. Podiam não ser autorizados a reentrar.

 

Desligada a chamada, logo fiz outra para uma pessoa que estava a manifestar-se pela liberdade, em frente ao Parlamento. Perguntei se já sabiam o que se passava no jornal. Sabiam. Inesperadamente a manisfestação ganhava mais razão de ser.

 

Estes factos podiam ter acontecido noutro tempo ou noutro lugar. Mas, não. Aconteceram na República Bolivariana de Portugal, aos onze dias do mês de Fevereiro do ano de dois mil e dez.

 

 


Por

Michael Seufert

, às 12:22 | comentar

Como aqui escrevi, não era compreensível que as instituições da terceira república se mantivessem caladas perante a sucessão de noticias que davam caso de despachos judiciais nos quais o governo parecia interferir na comunicação social.

Em boa hora, na Assembleia da República o CDS, entre outros partidos, pediu a audição de alguns protagonistas da teia que as notícias pareciam revelar. Ao mesmo tempo partiu da blogosfera uma petição com a qual concordo em absoluto e que pedia justamente que as instituições funcionassem.

Hoje estarão muitos amigos meus em frente à Assembleia da República para dizerem que não se calaram no momento certo. Sendo certo que os deputados têm poderes próprios e formas próprias de fazer as instituições trabalhar - e creio que o CDS está a fazê-lo, e foi por isso que não me pareceu próprio assinar a petição - não deixarei de os cumprimentar e assinalar as preocupações que partilhamos.

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06
Fev 10
Por

Michael Seufert

, às 15:50 | comentar | ver comentários (3)

Mário Crespo, nas jornadas parlamentares do CDS, começou por dizer ao que vinha: falar do primeiro ano da administração Obama, tal como o convite que lhe tinha sido dirigido.

E começou, mais ou menos, assim: "Estavam a almoçar o primeiro-ministro e dois ministros no restaurante do Tivoli..." A gargalhada foi geral, mas Mário Crespo explicou-se: Não é possível fazer de conta que as coisas não acontecem, como não é possível que em plena crise Freeport o primeiro-ministro tivesse dado uma entrevista e a jornalista não tivesse feito uma pergunta sobre o Freeport. Não podemos fazer de conta que nada se passou. E continuou com o relato de todo o "Crespogate".

É exactamente a sensação de que não se passa nada que não pode continuar. O que o Sol e o Correio da Manhã publicaram estes dois dias não pode ser respondido com o silêncio o Presidente da República, do Primeiro-Ministro ou do Procurador-Geral da República. As instituições da terceira república têm que funcionar.

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Na última fila da bancada do CDS-PP sentaram-se no primeiro dia, por acaso ou providência, os quatro deputados mais novos da bancada. Juntam-se virtualmente neste espaço para continuar as discussões após o fim dos trabalhos. Junte-se, leia e debata as opiniões dos deputados… Da última fila.
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Cecília Meireles Graça
Filipe Lobo d´Ávila
João Pinho de Almeida
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