28
Jan 10
Por

João Pinho de Almeida

, às 15:40 | comentar

 

Acabo de receber um convite para o Concerto Inaugural das Comemorações do chamado Centenário da República.

 

Há três boas razões para aceitar o convite. É um concerto, e eu gosto de música. É na Casa da Música, e eu sou assinante anual da Orquestra Nacional do Porto. É no Porto, por onde sou eleito, e onde estarei nesse dia.

 

Mas há razões ponderosas para rejeitar o mesmo convite. Comemora-se um regime, de uma forma como nunca se comemora a nação. Celebram-se os primeiros tempos da república, responsáveis por perseguições e ódios que lançaram portugueses contra portugueses. Tempos em que a instabilidade política e a incompetência levaram o país ao abismo. Depois, empenham-se, nestas folclóricas comemorações, meios totalmente desproporcionados em qualquer momento, mas especialmente nesta altura de crise.

 

Que se comemore Portugal. Que se comemore Portugal, no Porto. Porque isso será um acto de justiça histórica, para uma cidade que continua a sofrer o centralismo da república. Quando assim for, não precisam de convidar, porque lá estarei. Enquanto se comemorarem regimes, agradeço, mas não participo.


"Tempos em que a instabilidade política e a incompetência levaram o país ao abismo"

Ora aqui está uma frase que se aplica lindamente aos últimos 35 anos em Portugal. Ganhamos a liberdade com o 25 de Abril mas com ela vieram os aparelhos partidários, as elites governativas, o clientelismo e a corrupção associados ao financiamento dos partidos, o jogo politico acima do interesse nacional e o interesse de cada um acima dos interesses do povo português.

Esta frase dizia respeito à 1ª Republica mas infelizmente tem sido o principal problema de Portugal: Incompetência.
Pedro Lopes a 28 de Janeiro de 2010 às 18:05

Na última fila da bancada do CDS-PP sentaram-se no primeiro dia, por acaso ou providência, os quatro deputados mais novos da bancada. Juntam-se virtualmente neste espaço para continuar as discussões após o fim dos trabalhos. Junte-se, leia e debata as opiniões dos deputados… Da última fila.
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Cecília Meireles Graça
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