A ser verdade esta notícia, estamos na iminência de uma das maiores fraudes políticas da nossa democracia.
O Secretário-Geral do PS sempre disse que só tinha mandato para o casamento entre pessoas do mesmo sexo, e que não o tinha para a adopção. Ninguém cobraria esta coerência, se não tivesse sido o próprio a afirmá-la como princípio fundamental.
O que agora é sugerido é a possibilidade de o PS, com o mesmo mandato, fazer aquilo que disse não poder fazer. Ou seja, avançar com a adopção por casais homossexuais.
Acontece que José Sócrates foi questionado pelo CDS, no Parlamento, sobre esta hipótese. Quer o Deputado Telmo Correia, quer eu próprio colocámos a hipótese de chumbo da Proposta de Lei, pelo Tribunal Constitucional. Apresentamos as hipóteses possíveis: abandonar a Proposta; convocar um Referendo, para obter o mandato que não tem; avançar sem mandato. É evidente que quando colocámos a pergunta, queríamos que o assunto ficasse esclarecido no local próprio. Sócrates não respondeu. O assunto não ficou esclarecido, e agora paira no ar a hipótese de uma fraude política.