Mário Crespo, nas jornadas parlamentares do CDS, começou por dizer ao que vinha: falar do primeiro ano da administração Obama, tal como o convite que lhe tinha sido dirigido.
E começou, mais ou menos, assim: "Estavam a almoçar o primeiro-ministro e dois ministros no restaurante do Tivoli..." A gargalhada foi geral, mas Mário Crespo explicou-se: Não é possível fazer de conta que as coisas não acontecem, como não é possível que em plena crise Freeport o primeiro-ministro tivesse dado uma entrevista e a jornalista não tivesse feito uma pergunta sobre o Freeport. Não podemos fazer de conta que nada se passou. E continuou com o relato de todo o "Crespogate".
É exactamente a sensação de que não se passa nada que não pode continuar. O que o Sol e o Correio da Manhã publicaram estes dois dias não pode ser respondido com o silêncio o Presidente da República, do Primeiro-Ministro ou do Procurador-Geral da República. As instituições da terceira república têm que funcionar.