O Igor Caldeira do MLS vem aqui replicar uma argumentação que encontrei muito nos mails que troquei com quem defendeu a institucionalização do casamento civil. Quando não há muito que dizer, ataca-se o oponente acusando o de preconceituoso. É simples, rápido e não obriga a grande esforço mental.
O Igor acusa-me de não levar até às últimas consequências os meus argumentos, pelo que lhe deixava este meu texto, já antigo, como complemento. Mantenho o que disse em relação ao casamento: o estado legisla - a meu ver mal - sobre uma realidade social que lhe é anterior, mas até agora tinha a mantido igual, na sua essência. E eu acho que lhe falta legitimidade para a mudar. Sou preconceituoso, concedo, mas é em relação a estas engenharias sociais. É que o Igor também não leva os seus argumentos até ao fim, por exemplo ao não explicar porque ignora os direitos "ou seja as liberdades" (?) dos polígamos ou dos incestuosos.
Em todo o caso, o Igor, que se diz liberal, levanta logo suspeitas ao não perceber a base do liberalismo, que é a unicidade do indivíduo e que apenas pode ter como consequência que eu e o João Almeida tenhamos pontos de vista argumentativos diferentes e até eventualmente díspares.
Mas o caldo já estava entornado quando o Igor não percebeu a diferença entre o termo complexo quando usado como sinónimo de "complicado" e quando usado no sentido de "complexado", significado que lhe era dado pelo João Almeida.