Como já aqui tinha escrito anteriormente, o Governo tratou de repor as férias judiciais ("suspensão de prazos para a prática de actos processuais").
Não critico a medida porque concordo inteiramente com ela, mas não posso deixar de lamentar a forma e a coerência (ou falta dela).
Depois do enorme alarido do anúncio do fim das férias judiciais - em pleno ano de 2005 e em plena tomada de posse do Primeiro-Ministro José Socrates -, sabemos agora que no passado dia 4 de Fevereiro - no meio do turbilhão das finanças regionais - o mesmo Governo decidiu recuar em toda a linha nesta matéria.
Num silêncio ensurdecedor, a única justificação dada pelo Comunicado do Conselho de Ministros é a necessidade de "harmonizar as férias funcionais dos diversos intervenientes processuais".
É caso para dizer que "entrada de leão e saída de sendeiro".